quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Um ano e oito meses depois


Faz tempo que não me encontro com o Tempo. Falta tempo pra narrar. Tempos da Morte da narrativa. Com um ano e três meses andou, com um ano e seis meses falou. Primeiro titia. A primeira palavra: titia. Palavra completa, com todas as sílabas...antes disso: papá ( para comida), dá ( para tudo). Depois mamãe, e agora repete essa palavra de forma incansável correndo pela casa. Tantas vezes tentei ensinar-lhe a jogar beijos, fazer carinhos. Aliás, desde os 12 meses tento ensiná-lo a dar "tchau". Só com um ano e seis, sete meses que ele passou a abraçar, beijar, dizer, correr. Como é bonito vê-lo fazer tudo ao mesmo tempo. Mesmo quando falta tempo o observo vivendo.

Ontem, dia 29 de janeiro, cortei-he os cachos dourados que sobraram na cabeça. Após uma queda absurda dos cabelos, tive que fazê-lo. Lembrei-me de um conto de Mario de Andrade " Nos tempos da camisolinha". Mas, no caso, quem chorou fui eu.

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