tag:blogger.com,1999:blog-353025192024-03-13T10:22:52.709-07:00A mãeDescobrir no cotidiano da alma a paz da maternidadeClaudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-35099305431832339432012-01-14T05:06:00.000-08:002012-01-14T05:11:05.073-08:00(des) aprendendo a amarAcabei de perceber que em 2011 nada escrevi sobre o Luan e sobre nossa relação.<br />Talvez a falta de tempo e com ela a escassez cada vez maior das palavras.<br />Foi um ano de muito trabalho e pouca esperança.<br />Uma nova cidade nova. Uma nova escola nova pra Luan.<br />Fiz várias viagens e duas delas com o Luan e duas delas para fora do país.<br /><br />Mas, lembrei de um pequeno texto que escrevi em algum momento de 2011 . Aqui está:<br /><br />(des)aprendendo a amar<br />por <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100000036861763">Claudia Alves Fabiano</a>, quinta, 25 de Agosto de 2011 às 19:25<a class="uiStreamPrivacy inlineBlock fbStreamPrivacy fbPrivacyAudienceIndicator " title="Compartilhado com: Público" hover="tooltip"></a><br /><br /><br />Vi uma cena triste na frente da escolinha do meu filho ao ir buscá-lo hoje.Dois menininhos estavam com a mãe, felizes da vida. Um amiguinho no outro carro. Um dos menininhos gritou para o outro (que estava no carro): " Pedrooooooo, te amo!!!". A mãe ficou brava: " Pára com isso menino!". O irmãozinho menor achou bonitinho e repetiu: " Pedrooooo, te amo!!!". A mãe ficou muito, muito brava e disse: " Para com isso, menino! Você é homem ou boiola?". O menino olhou a mãe atônito, porque não entendeu nada. Agora, me diz, crianças de 5 anos sendo educadas assim? Um dia triste. Afinal, hoje ele tinha aprendido um pouco sobre amor e aí desaprendeu na mesma hora.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-42794867116419234132010-11-23T06:38:00.000-08:002011-07-03T20:03:21.244-07:00<p></p>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-61448202247802072412010-01-25T16:59:00.000-08:002010-07-17T13:04:07.652-07:00Cinco pontos no dia dia 02 de janeiro de 2010<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/S15ElLOJ-kI/AAAAAAAAARc/KyMjbtOC6_c/s1600-h/Imagem+297.jpg"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><br /></span><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/S15Ekid_CUI/AAAAAAAAARU/W0aWz1MbXGE/s1600-h/Imagem+269.jpg"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"> </span> <div align="justify"><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Na praça iluminada de Ribeirão, estatelar-se no chão seria típico gesto infantil. O assombro diante da beleza da passada, o apuro e o cuidado fraternal. Corria agora ele, depois ela. Giulia e Luan soltos pelo espaço, entre árvores e turistas. Ela sentou-se e amparada estava pelo banco da praça. Ele tentou, mas não sentou. O seu tamanho era escasso. Ele enfim, quedou. A cabeça tocou com força a guia da calçada. Corri desesperada e logo a minha mão segurava a sua nuca. Sandra e Brasa olhavam sem pressa. Tinham saído a passeio. Vi então minha mão ensaguentada. Tremia. E a Giulia, cadê? Tremia tanto e sentia medo. Brasa tirou-o dos meus braços. E se o tombo fosse o fim? Depois a família toda rumo ao pronto socorro. O Pinguim terá que esperar! Ano Novo começando com pingos de sangue infantil na roupa nova. Sorte minha ser vermelha!. No hospital, a família lotava a sala de espera. Na maca Luan deitado, preso pelas pernas e pelos braços, com três médicos, uma mãe e uma tia enfermeira sobre ele. Mesmo assim ele gritava. "Já tá bom, já tá bom!". Ele só queria ir pra casa. Ele fazia força. Era o meu papel estar ali, mas no fundo eu não queria. Ele se lembraria de mim como aquela que o obrigara a levar cinco pontos na cabeça, os primeiros cinco pontos da sua vida,costurados cuidadosamente em meio a uma vasta cabeleira infantil. E nem foi idéia minha não cortar os cachos! Esvaziamos a sala de espera e voltamos pra casa, era quase madrugada.</span></div><br /><br /><br /><div></div></div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-23135303260666936062009-02-27T16:15:00.000-08:002009-03-16T18:01:08.099-07:00Feriado de CarnavalLá vai ele, um tanto maior e com vocabulário mais amplo.<br />Pego-o ao colo e os centímetros extrapolam o esperado.<br />Fico longe e pareço ter perdido a função.<br />Aperto-o como se o aperto permitisse a repetição.<br />Evito chorar.<br />Filtro os pensamentos para sentir menos.<br />Peno.<br />Esvazio. Ao menos por um segundo.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-78461407013538837142009-01-14T06:41:00.000-08:002009-01-16T13:40:13.711-08:00OrvalhadaEssa é a estória de uma flor que ficou agonizando sem água muito tempo no jardim.<br />Via que as gotas que caíam faziam questão de despistar-se dela, como se a florzinha não fôsse digna de enxaguar-se e embeber-se de água tão límpida.<br />Ela então não conseguia chorar, nada saía de dentro dela.<br />Olhava pra cima e abria a boquinha no limite de sua arcada. Mesmo assim a gota, sorrateira, fazia parecer que cairia bem ali, e desceria sorridente por dentro da florzinha. Mas na hora "h" pulava pro canto e escolhia outra plantinha pra matar a sede.<br />E florzinha ficava ali, tristinha, esperando uma gotinha.<br />Nada.<br />Um dia vendo que tudo em sua volta florescia e ela definhava, tentou perceber o porquê. Pensou. fechou os olhos, abriu. Fechou de novo. Abriu de novo. nada. Não entendia. Aí cansou do silêncio e de ficar olhando pra si e perguntou, finalmente, perguntou: " Por quê?".<br />As plantinhas ao redor não acreditaram no que ouviram, afinal aquela florzinha falava?! Tão sequinha que estava, eles achavam que não existia. Foi estranho, vê-la dizer, vê-la perguntar. Sorriram. No dia seguinte, ao acordar a florzinha percebeu que estava orvalhada e reluzia.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-23931415185505426422009-01-11T09:33:00.000-08:002009-01-11T10:02:36.105-08:00Conta uma estória? Da bruxa e do lobo mau?<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWox2F020QI/AAAAAAAAAJ0/cZRhrNCf-18/s1600-h/fotos-dez-jan-09+229.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290095517646639362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWox2F020QI/AAAAAAAAAJ0/cZRhrNCf-18/s400/fotos-dez-jan-09+229.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWoxH6J9VqI/AAAAAAAAAJs/Luiu9jvVVZU/s1600-h/fotos-dez-jan-09+1530.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290094724239939234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWoxH6J9VqI/AAAAAAAAAJs/Luiu9jvVVZU/s400/fotos-dez-jan-09+1530.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWovp-JMAnI/AAAAAAAAAJk/b2NNeQNFhPg/s1600-h/fotos-dez-jan-09+795.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290093110402744946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWovp-JMAnI/AAAAAAAAAJk/b2NNeQNFhPg/s400/fotos-dez-jan-09+795.jpg" border="0" /></a><br /><br />E a estória começa assim: Um Lobo muito mau que no fundo era bom conheceu um menino voador chamado Luan, que nunca cresceu. Aí a bruxa que não era tão boa mas que o menino voador gostava mesmo assim apareceu montada na vassoura e riu, daquele jeito que as bruxas dos contos de fada riem. </div><div>Os dois resolveram dormir , fecharam os olhinhos, se abraçaram, bocejaram e...</div><div>Só a mãe dormiu.<br /></div><div></div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-79240291494989469232009-01-11T09:28:00.001-08:002009-01-11T09:33:08.820-08:00Ano Novo: Luan e mamãe "clódia"<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWotO7gfxxI/AAAAAAAAAJc/ztTwUvUbUB0/s1600-h/fotos-dez-jan-09+836.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290090446815479570" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SWotO7gfxxI/AAAAAAAAAJc/ztTwUvUbUB0/s400/fotos-dez-jan-09+836.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-54328291506807611362008-12-27T15:53:00.000-08:002008-12-27T15:58:19.470-08:00Sem espaço para os homensHá dois anos e meio desacreditei<br />Fizeram-me, com potência, desacreditar<br />Se chega alguém gentil e sorridente<br />Trato logo de correr<br />Enfio-me no fundo de mim e respiro fundo<br />prefiro a solidão<br />os livros, os amigos<br />o filho<br />Trato logo de encarar um pote de pipocas<br />um gole de coca-cola<br />o trânsito as seis da tarde<br />Também´faz dois anos e meio<br />que encontrei algum sentido para estar<br />chegou em mim um abraço colorido<br />um sorriso de menino<br />impossível não vibrar<br />Entendi a amizade<br />a família de verdade<br />e quem devia amarClaudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-32437200710554363092008-12-27T15:50:00.001-08:002008-12-27T15:52:56.895-08:002009Que venha!<br />Novo e limpo.<br />Que venha!<br />Com casa nova e armários embutidos<br />pra gente enfiar tudo aquilo que não merece estar a mostra.<br />Que venha!<br />Pra dois.<br />Sem espaço pra mais ninguém.<br />Que venha!<br />Cheio de trabalho, de leituras, de amigos novos.<br />Que venha!<br />Com novos tombos,<br />mas que demorem.<br />Que venha!<br />Agora estou preparada.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-30156152885421883062008-12-21T16:48:00.000-08:002009-02-04T14:15:20.250-08:00<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SU7lzoy5rII/AAAAAAAAAFo/VE-zf73fdHg/s1600-h/DSC01458.JPG"></a><br /><div>Sou mãe que quer criar um filho criativo</div><br /><div>sem rubores</div><br /><div>sem conceitos prévios das coisas tolas da vida, quero filho homem de cabelos longos</div><br /><div>e se quiser tocar algum instrumento</div><br /><div>que seja!</div><br /><div>que seja uma guitarra, um cajón</div><br /><div>nada de cabelos "a la mauricio"</div><br /><div>Prefiro os garotos barulhentos</div><br /><div>aos silenciosos infelizes</div><br /><div>causados pelos pais algozes</div><br /><div>Prefiro meninos sinceros</div><br /><div>que lavam pratos tal como as meninas</div><br /><div>Quero criar filho homem educado</div><br /><div>que abra a porta as meninas</div><br /><div>que não se amedronte por chorar</div><br /><div>que saiba os limites de ser homem</div><br /><div>Quero criar filho libertário</div><br /><div>nada de solitário!</div><br /><div>não quero machistas perto de mim</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-62078127921213402582008-12-07T18:41:00.000-08:002008-12-15T03:47:31.370-08:00Ribeirão Preto<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SUZDtafoToI/AAAAAAAAAFA/EzrUzdRYn0Q/s1600-h/DSC04945.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5279982060623646338" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/SUZDtafoToI/AAAAAAAAAFA/EzrUzdRYn0Q/s400/DSC04945.JPG" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>um momento, o momento da mudança.<br />Parte de algo em mim se parte e fim.<br />Mudarei de todo o jeito. Mudarei de cidade, e parte de mim quer.<br />Parte de mim " quer não"</div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-62803151644607331642008-08-29T06:58:00.000-07:002008-08-29T07:05:58.680-07:00De tempos pra cá assombra-me o medo de não ter pra onde ir, em que acreditar, o medo de jamais ter um colo pra repousar, idéias pra defender, coletivos pra estar, espaços pra abrir. Ando distante do porvir, mas o presente faz-se tão potente, quase esmagador. As contas explodindo ao redor, a casa cada vez menor, o ar sai, fico muda, asfixiada, dentro da minha própria casa.<br />Fico triste, quase todo o dia, quase todo o tempo. Triste porque quem eu sou não me basta e sinto-me culpada por não bastar-me ser quem sou. Queria o mundo. Viajar ao redor do mundo, estar em lugares outros, com pessoas outras ou as mesmas daqui.<br />Não quero casar, quero sentir vontade de amar de novo. Não quero dormir, quero sonhar todos aqueles sonhos de antes, não quero uma casa, quero um lar, um lugar pra estar, pra ser acolhida, amada e amar.<br />Não quero produtos, resultados, quero processos intensos, significativos, tocantes que me movam daqui, do lugar em que estou.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-4686010833341481762008-02-07T06:27:00.000-08:002008-02-07T06:37:44.354-08:00Beijos e tapasLuan joga beijos ao ar. beija tudo. Pernas, mãos, bichos de pelúcia. Beija até o chão, a colher, o macarrão. Luan gosta deveras de beijar, é o seu jeito de dizer " te amo". Luan beija e bate, difícil educar crianças. Como fazê-los parar? Não de beijar, mas de bater. Às vezes chega agressivo, quer até morder. Suspiro. Com um ano e oito meses o que fazer?<br />Dias atrás começou a dizer "oi". Ontem passou a dizer "pé". Vários dentes na boca e a ainda não tem chulé. Sorvete tomou na praia, mas não se lambuzou. Às vezes olha pra mim de um jeito que atravessa a minha alma e eu fico morrendo de medo de decepcioná-lo, magoá-lo, fazê-lo chorar.<br />Fico brava também, mas um segundo depois me arrependo e beijo seu corpo todo, lembro-me dele quando nasceu, da cor dos seus olhos, da primeira vez que sentou, os primeiros passos e já não tenho vontade de chorar. Sorrir basta.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-21142799625392512332008-01-30T17:52:00.000-08:002008-01-30T18:04:55.636-08:00Um ano e oito meses depois<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/R6Esn8NcKeI/AAAAAAAAAB0/yYsK0SIcL0o/s1600-h/DSC01714.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161455712632318434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/R6Esn8NcKeI/AAAAAAAAAB0/yYsK0SIcL0o/s320/DSC01714.JPG" border="0" /></a><br /><div>Faz tempo que não me encontro com o Tempo. Falta tempo pra narrar. Tempos da Morte da narrativa. Com um ano e três meses andou, com um ano e seis meses falou. Primeiro titia. A primeira palavra: titia. Palavra completa, com todas as sílabas...antes disso: papá ( para comida), dá ( para tudo). Depois mamãe, e agora repete essa palavra de forma incansável correndo pela casa. Tantas vezes tentei ensinar-lhe a jogar beijos, fazer carinhos. Aliás, desde os 12 meses tento ensiná-lo a dar "tchau". Só com um ano e seis, sete meses que ele passou a abraçar, beijar, dizer, correr. Como é bonito vê-lo fazer tudo ao mesmo tempo. Mesmo quando falta tempo o observo vivendo. </div><br /><div>Ontem, dia 29 de janeiro, cortei-he os cachos dourados que sobraram na cabeça. Após uma queda absurda dos cabelos, tive que fazê-lo. Lembrei-me de um conto de Mario de Andrade " Nos tempos da camisolinha". Mas, no caso, quem chorou fui eu.</div><br /><div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-89147776144107917212007-08-31T19:33:00.000-07:002008-02-07T06:45:51.824-08:00Andarilho comedor de frutas<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/R6EugsNcKfI/AAAAAAAAAB8/wKEyi4DAkOw/s1600-h/DSC01466.JPG"></a><br /><div>O meu pequeno começou a andar, precisamente no dia 14 de agosto de 2007. Primeiro passos pequenos, trançados, e que invariavelmente levavam-no ao chão. Pouco a pouco foi ficando apressado e chegou ao ponto do desajeitado. Dias depois já corria, caía, levantava, sorria.<br />Subindo escadas, abrindo gavetas, fazendo caretas e agora, pasmem: roendo maçãs. Inteiras, gigantes, vermelhas.</div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-56243588769239394602007-08-12T12:54:00.000-07:002007-08-12T13:04:43.032-07:00Morrer de bem com a vida"Aqui descansa uma pessoa muito amada. Nasceu há muito tempo em algum lugar bonito,entre os mais bonitos lugares que há. Teve infância feliz, mas também teve dissabores, como qualquer outra pessoa em qualquer bonito ou feio lugar do mundo. Teve família também , por que não? embora às vezes preferisse não tê-la. Subiu em muros, caiu de penhascos, sobreviveu as maiores catástrofes das quais se tem notícia. Viajou ao redor do mundo, pra isso usou livros e também ouviu muitas histórias. Histórias fantasiosas, Histórias reais, Histórias fatídicas. Ouviu, não viu. Não soube dizer se eram verdadeiras, mesmo assim acreditou. Cresceu e morreu, porque a morte é assim um dia aparece e ops, já foi. A gente chora, ou não, às vezes a gente fica feliz porque é fim de sofrimento, às vezes a gente não entende e queria morrer junto, às vezes a gente cala e as lágrimas não vazam, é aí que a gente chora pra dentro e quase explode.<br />Mas, voltando a nossa pessoa amada, ela se foi pra lugar nenhum, porque não sabemos pra qual lugar vão aqueles que se foram. Sabemos que vão longe, só isso, e aí a gente se sente só, mas passa. Aí a gente reinventa as histórias, reinventa os momentos passados com a pessoa amada e isso nos basta.Tudo fica colorido de novo.<br />Bem , a nossa pessoa amada foi feliz, daquele modo que os seres humanos conseguem ser felizes, dentro de uma medida exata, da qual a infelicidade faz parte, porque criança também chora, também se sente só, também tem raiva e também mente. Mas, essa pessoa amada, enfim, nasceu, cresceu, viveu um monte de coisas bobas e outras nem tão bobas que até fizeram sentido. Nossa pessoa amada, não foi famosa,mas teve o seu glamour, não ganhou milhões, mas foi esperta em um monte de coisas, não deixou filhos, mas deixou amigos e gatos e cachorros, porque ela gostava de animais.<br />É isso, já que é o meu papel hoje falar da pessoa amada digo que sentirei sua falta , mas não chorarei porque ás vezes a gente chora pra dentro só pra ninguém ver."<br /><br />(texto escrito para o espetáculo " Era uma vez? Eu quero logo duas, três..."<br />Escrevi este texto com base em duas coisas: a primeira um texto do Walter Benjamim que fala sobre a morte e a segunda um enterro budista no qual estive há alguns dias. )Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-4770054711737966912007-07-24T11:06:00.000-07:002007-07-24T11:10:15.872-07:00Um ano e dois meses depois...<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/RqZAcGIOqkI/AAAAAAAAAAk/r5UWjjXR9Bk/s1600-h/IMAG0015.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090827280214567490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/RqZAcGIOqkI/AAAAAAAAAAk/r5UWjjXR9Bk/s320/IMAG0015.JPG" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div>Um ano e dois meses depois ainda sinto medo. Os meus olhos derramam água salgada, às vezes sou toda mar. Mergulho em mim e vou cada vez mais fundo, às vezes fica mais escuro, às vezes não. Surge lá do fundo do nada, no meio do sem-som algo que é azul, que brilha, balança, e ali dentro no fundo d’ água dá vontade de sorrir.<br />Muitas vezes o estômago embrulha, outras tantas vezes não e surto de temor, porque sou feita de papel presente de lojas de um real. Parto ao meio, parto frágil, não seguro o meu recheio, escorrego de anseio e aí....Paro, respiro, abraço, grito, choro, sinto pena de mim. Depois disso, começo tudo de novo.</div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-31627198457038668432007-05-03T12:45:00.000-07:002007-05-03T13:03:08.442-07:00Um Ano<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/Rjo_7svk6TI/AAAAAAAAAAM/LUkJbu7jTqo/s1600-h/povo..+033.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5060427426159716658" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IKfO6KiW4zI/Rjo_7svk6TI/AAAAAAAAAAM/LUkJbu7jTqo/s320/povo..+033.jpg" border="0" /></a><br /><div>De fato o casco do acaso tocou-me.</div><br /><div>Presenteei-me com a escolha de um filho. Claro! Nascido do Acaso. Tal acaso do amor. </div><br /><div>Sem amargo no gosto da boca declaro-me feliz com as escolhas. Mesmo que as escolhas sejam um acaso.</div><br /><div>Possuo um pequeno, tão pequeno, mas tão pouco frágil, abraça-me mesmo que eu não queira, me belisca, mesmo que eu sofra, choraminga mesmo quando nada quer. </div><br /><div>Bobos aqueles que não querem bebês. Entendo as contas. Tenho todas numa gaveta lá em casa. Coloco etiquetas e tudo. Mas, fora as contas, tenho muitas coisas pra contar sobre ser mãe. É esquisito engravidar, mas é fato potente, muda tudo. É quase como se o mundo mudasse de cores. Não digo que as vezes não dê vontade de fugir e desistir. Tenho essa vontade o tempo todo, mas basta um olhar ( dele) especial que tudo em mim se rearranja , eu cresço, amadureço, viro gente. É isso, com ele sinto-me gente. Sinto-me humana. Sinto-me geradora de algo. Largo das bobagens infantis e tomo decisões. Depois percebo-me girando no chão com ele e brincando de emitir sons absurdos. Tudo tão bobo, tudo tão frágil, tão efêmero e mesmo assim ele gosta. Mesmo assim, ele sorri. Como dizer que não sou feliz? Que as contas se explodam, que os carros (batidos) saiam voando, que as responsabilidades virem fumaça, o que tenho me basta, e hoje eu e Luan comemoramos um ano de vida feliz. 03 de maio de 2007.</div><br /><div></div>Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-33760111501564360512007-03-07T11:45:00.000-08:002007-03-07T11:49:23.196-08:00O berçárioInúmeras são as vezes que acometidos pelo acaso, nos rendemos.<br />inúmeras são as vezes que sugados pelo inexplicável sucumbimos: de medo, de frio, de fome, de saudade, de amor.<br />fui acometida pelo medo do berçário.<br />Quem chorou, fui eu.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-919346263678111512007-02-03T06:07:00.000-08:002007-02-03T06:09:13.091-08:00Primeiro de fevereiro, o dia do denteDespontou o dente, num dia quente. Tia Bel que percebeu. todo mundo foi olhar e ele logo mordeu. Primeiro de fevereiro, o dia que o dente nasceu.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-32102514499126661672007-02-03T06:03:00.000-08:002007-02-03T06:06:47.870-08:00Enrique, um anjoEle nasceu.Nasceu dormindo e permaneceu. Choro baixinho. Piscou um olho em agrado a mãe. Balançou o corpo pedindo silêncio. Apertou o dedo do pai. Um anjo nasceu. Piscou, sorriu e se foi. Enquanto dormíamos colocou suas asas e voou para o céu. e nós ficamos por aqui, olhando como bobos e chorando de saudades.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-1160057038765922912006-10-05T06:59:00.000-07:002006-10-05T07:07:12.126-07:00Historieta incompleta escrita por uma atriz para um advogado sobre o primeiro dos tantos pretinhosEscrever histórias é um modo simples de guardar espaço em nossas vidas para aqueles sonhos que tivemos, os planos que fizemos, os amores que plantamos.<br />Escrever histórias é um modo de exercitar o “ músculo da imaginação” e perceber que tudo é possível o tempo todo.<br />A história escrita abaixo foi feita por uma atriz e um advogado. Não aconteceu, de fato, mas está registrada aqui como o amor mais bonito que eu vivi. O filho que eu tenho hoje não é fruto desse amor, mas será um adulto influenciado por essa história que, de fato, foi uma história de amor.<br />O tempo torna as lembranças melhores. Essa é a beleza de um amor que ficou no passado. Continua lá, bonito, intocado.<br /><br />Casaram- se num dia qualquer de julho. Estava frio. Receberam na chácara de um conhecido alguns poucos amigos e parte da família.<br />Tiveram padrinhos. todos eles com vestimentas que variavam quanto a cor e a forma.<br />Os convidados, ou antes, a platéia diversificavam as interferências, ora batendo palmas, ora assoando o nariz, ora dormindo o sono dos justos (afinal a chácara era bem distante da capital).<br />Os noivos, como de praxe, deram o beijo da consolidação do enlace e todos partiram para a comemoração. Comeram bolo, dançaram mambo, caíram na piscina (sem roupas).<br />Não havia crianças no lugar. O único bebê presente ainda não tinha nome ou feições aparentes. Mantinha-se enfurnado no ventre estreito da noiva. O bebê dançava o mambo, comia o bolo, era acariciado vez ou outra . Mas se mantinha ali, discreto, calado.<br />Nasceu 6 meses depois. Não havia chegado ao mundo bebê mais estranho, de cara chamaram-no de Pedro Pereira . Chamaram-no assim por um único motivo: a sonoridade do nome.<br />Chegou ao mundo e não chorou. Todos os presentes na sala de parto estranharam: “ Estará morto esse bebê?”<br />Logo que o bebê viu a mãe ...sorriu. Foi aquele o primeiro de tantos outros sorrisos. Ele tinha as orelhas grandes. Nunca haviam visto orelhas como as dele.<br />Aquele era Pedro Pereira: veio ao mundo em silêncio e aos sorrisos. Já saiu do hospital apelidado pelas enfermeiras: Pretinho. <br />Até os 15 anos nada disse. Permanecia calado. Olhar profundo, perscrutador. Se algo lhe perguntavam respondia com um olhar diferente. mas todas as formas de olhar que Pedro tinha só os pais conheciam, só eles sabiam, era quase um segredo.<br />Aos 21 anos disse a sua primeira frase sentado à mesa de jantar. Mas, ninguém conseguiu ouvi-la. Todos se olharam e resolveram não pedir que repetisse. Mas ele desceu a mão pesada sobre a tábua da mesa, estremecendo toda a louça, e repetiu:<br />Isso está com gosto de borboleta!!<br />Sarapantaram-se todos. Borboleta?<br />Pedro afastou de si o prato e ergueu-se com os olhos e a alma salgados de lágrima. Empurrou a cadeira para longe como se empurrasse também o mundo e sumiu no escuro do corredor. Trancou-se no quarto e dormiu, enquanto a família esmurrava a porta, rogando que abrisse.<br />Na manhã seguinte, Pedro saiu sem dizer nada a ninguém. Passou por todos na sala e nem um oi.<br />A família ficou receosa, afinal de contas Pedro havia chegado aos 21 anos a salvo de todas as intempéries da vida: nunca havia tido um resfriado, caxumba, sarampo, nunca havia levado um tombo que de fato o ferisse. Brincava de tudo e com todos e nunca sentira dor. Não sabia o que era dor. Nunca havia perdido um ente querido ou tropeçado em uma pedra.<br />A mãe o aguardou para o jantar e se surpreendeu com a não chegada do filho na hora exata<br />...<br /><br />Pretinho não se parecia nem com o pai e nem com a mãe. Na medida que ia crescendo continuava diferente de tudo.<br />Existiu na Terra durante 80 anos. Morreu de velhice, quando percebeu não ter mais pra onde olhar.<br /> <br />SP, 10 de maio de 2005Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-1159966032127130272006-10-04T05:41:00.000-07:002006-10-04T05:52:50.696-07:005 meses ( ou cinco meses) ou ainda mais de 150 dias<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/754/3925/1600/%5Bfotos%5D%20095.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/754/3925/320/%5Bfotos%5D%20095.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Cinco meses e uma pinta na testa. Será alergia? Ousadia? Arranhão? Cinco meses e o balbucio continua e também o brincar com as mãos.<br />Cinco meses e olha tudo em volta com vontade de pegar. Puxa o meu cabelo e não solta e também adora vomitar.<br />Cinco meses e tudo vira sorriso: a careta da mamãe, a fala dos priminhos, os gritinhos da vovó e o ciúmes da Jujuba. Fica de bruços e rodopia com as mãos estendidas para tudo a sua volta. Que volta! Que voltas!<br />Cinco meses e gira pela primeira vez sobre o próprio corpo se apoiando de bruços sem deixar a cabeça cair. Ufa! Ainda por cima sorri e gira de volta. Parece um pião o meninão da mamãe. Cinco meses e a descoberta do Mundo a sua volta parece ser tudo o que importa. <br />Enfiar a mão na goela até ter vontade de tossir, balançar os pés e as mãos sem parar até tudo girar. Comer a maçã sentadinho e dormir com a colherzinha na boca.<br />Desmaiar de cansaço de tanto brincar de viver.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-1159743378005409462006-10-01T15:56:00.000-07:002006-10-01T15:58:41.840-07:00Viver de Luz<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/754/3925/1600/perfil-pb.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/754/3925/320/perfil-pb.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Queria acordar da realidade às vezes, como de um sonho.<br />Republicar a minha vida e enxergar-me inteira. Trecho por trecho reconstruído lá dentro de mim.<br />Queria dar um beijo na testa do meu amor e entender-me plena.<br />Desfazer –me de tudo o que é efêmero e supérfluo e viver de luz.Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35302519.post-1159742552361456242006-10-01T15:39:00.000-07:002006-10-01T15:50:58.566-07:00Poema de mãe tecido em declarações de amor ou Todas as mães são imperfeitasGosto de muitas coisas imperfeitas<br />Minha mãe é a primeira delas<br />Sua imperfeição me comove<br />Seus traços tortos, iguais aos meus, quanto poesia!<br />Seu olhar cansado da labuta vida<br />Seus sonhos esquecidos...não é mais menina<br />Lembro das palmadas injustas<br />Dos solavancos tropeiros<br />Da palavra doída em momento de dor<br />Olho teu olho no fundo<br />Suas lágrimas não derramam mais<br />E apesar de tudo sei do seu amor<br />não disse as melhores palavras. Não soube.<br />mas disse as palavras certas.<br />não ofereceu o melhor estudo. Não pôde.<br />mas deu o melhor exemplo.<br />não teve o melhor marido.meu pai.<br />mas me deu a melhor família. Que pôde<br />eu vejo a minha mãe e ela existe<br />Traços tristes, boca seca<br />Saio de casa e sinto sua falta<br />Falta dos impropérios verbais<br />Das dificuldades no abraço<br />Dos comentários gerais<br />Ela existe, está ali.<br />Pronta... Mãe<br />não é perfeita...nem de longe, nem de perto<br />mas é impossível não amá-la<br />é uma criança solta no mundo<br />um pequeno príncipe às vezes<br />tanta curiosidade diante do mundo<br />sua insônia constante, seu espirro profundo<br />suas paixões, música, amigas de infância, bahia.<br />olho pra ela e me vejo<br />eu me vejo em sua imperfeição<br />Lanço o meu coração ao longe e ela vai grudada nele<br />Como se fosse ela mesma o meu próprio coração<br />Então percebo o quanto ela precisa do meu acalanto, do meu afago, do meu senão<br />sofro sua dor profunda<br />peno sua solidão<br />agradeço todos os dias tê-la conhecido<br />em toda a sua imperfeição...<br />imperfeição que também é minha<br />Para dona glória, mulher do seu pedro do bazar, mãe da sandra, da bel, da lucia , da claudinha e do elmo. Mulher que veio da bahia e trouxe um presente pra são paulo: o elmo.<br /><br />Maio de 2005Claudia Alves Fabianohttp://www.blogger.com/profile/16489583600763719175noreply@blogger.com1